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domingo, 25 de setembro de 2016
terça-feira, 20 de setembro de 2016
A DESCOBERTA DO NEURÔNIO-ESPELHO
A
UNIVERSIDADE DE PARMA - Em 13 de março de 962, o Imperador Ottomian I conferiu a Uberto, o bispo de Parma, o início da Universidade no 'Diploma' - um documento que concedeu ao bispo o poder de ordenar e eleger líderes legais. Este documento foi a base da criação de uma instituição de ensino que duraria séculos mais tarde, e inda está preservada nos arquivos do Bispo de Parma hoje.
No início do verão de 1991,
no interior das velhas pedras que fazem parte das paredes da Universidade de Parma, um assistente de
laboratório voltava do seu intervalo de almoço, tomando um sorvete de
casquinha. Ao adentrar nas dependências do laboratório encontrou um velho
conhecido, o macaco Rhesus, membro integrante do grupo
de pesquisas do cientista de renome internacional, Giancomo Rizzolatti. Este
macaco estava com um eletrodo em seu cérebro, sendo fruto de um estudo
relacionado ao planejamento e execução de movimentos em símios.
Ao observar o assistente de
laboratório tomando o sorvete, o macaco que estava com um eletrodo em seu
córtex cerebral, demonstrou interesse imediato. “Quando o assistente levou o
sorvete à boca, a atividade elétrica cerebral do macaco se alterou. Na
realidade, este macaco estava degustando mentalmente o sorvete, inclusive com
todos os movimentos físicos necessários para a realização da ação. Junto com o
assistente, o cérebro do macaco enviava sinais para o seu braço erguer o
sorvete até a boca, salivar e se preparar para uma grande satisfação do primata”,
afirma o Dr. A.K. Pradeep, em seu livro, “O Cérebro Consumista.” Na realidade,
o que estava ocorrendo era uma experiência típica do “Macaco vê, macaco faz”. Embora o símio não estivesse esboçando
nenhum movimento físico alusivo à ação do assistente de laboratório, o seu
cérebro, especificamente os seus neurônios-espelho , estava se
deleitando deste raro momento de pura gula primata.
O Dr. Giancomo Rizzolatti,
responsável pelo experimento em cérebros de
macacos da Universidade de Parma, realizou outras pesquisas
relacionadas, usando amendoins. Quando um macaco observava outro macaco ou um
ser humano comendo amendoim, seus neurônios reagiam de tal forma, parecendo que
os mesmos estivessem realmente descascando e comendo amendoim. Em todas as
situações experimentais, os neurônios do córtex pré-frontal dos macacos Rhesus reagiam da mesma forma.
Em 1994, Rizzolati publicou
sua primeira pesquisa sobre a descoberta recente dos neurônios-espelho.
Nota: Este artigo foi escrito por Carlos
Luppus, com algumas adaptações do livro,
o O Cérebro Consumista, do Dr. A. K.
Pradeep.
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domingo, 18 de setembro de 2016
EDUCAÇÃO: ENSINO E APRENDIZAGEM
Jorge Bucay,
médico e psicólogo argentino, em seu livro QUANDO ME CONHECI, afirma que uma
parte importante de todo o conhecimento adquirido ao longo da vida é
transmitida dos pais para os filhos.
Poderemos
chamar esta “educação de formal,” que é transmitida por meio de ordens, conselhos,
prêmios e castigos. A educação “não formal” é transmitida pelo que não é dito fundamental,
porque as crianças têm uma tendência natural de imitar o que vem, principalmente,
os exemplos dados pelos adultos.
Existe uma
outra forma de ensino que se transmite de geração para geração, incluindo o que
está contido em nosso material genético. Atualmente, os estudiosos do
comportamento humano reconhecem que existe um verdadeiro manancial de
informações que já fazem parte do nosso DNA, que colabora de forma incisiva,
juntamente com as influências emanadas de nossa sociedade, na montagem de
nossas estruturas morais, éticas e sociais.
Da mesma
forma, os nossos filhos terão a tarefa de levar o nosso legado além de onde
nossas limitações o deixaram. E seus futuros filhos terão o compromisso de
levar todos estes conhecimentos para gerações seguintes.
Em um mundo
expressamente competitivo, em que as mudanças são vertiginosas, todo este aprendizado
transmitido às novas gerações, cria uma condição singular de sobrevivência e perpetuação
da espécie humana.
Nós fomos
criados segundo a velha metáfora que dizia que educar não era dar o peixe, e
sim ensinar a pescar. Hoje, em dia este pensamento continua a vigorar como se
estivesse realmente adaptado aos novos tempos. Mas, na realidade, não está.
Se, por
exemplo, hoje eu der uma vara de pescar ao meu filho e o ensino a pescar, provavelmente,
em sua fase jovem, os meus ensinamentos relacionados ao assunto serão suficientes
para que ele possa até sobreviver com a arte da pesca.
No entanto,
em sua fase adulta, pode ser que não haja mais peixes para pescar, talvez, a
forma ensinada não seja mais adequada à captura dos mesmos.
Logo, penso
que a tarefa dos pais, neste momento, é ensinar os filhos a criar e construir
suas próprias ferramentas: fabricar sua própria vara, tecer sua própria rede,
inventar suas modalidades de pesca. Com isso, é necessário admitir com bastante
humildade que ensiná-lo a pescar não será suficiente para enfrentar os novos
desafios de um mundo em transição.
Esta
dificuldade dos pais em treinar os seus filhos para os problemas que
enfrentarão no século XXI está ficando cada vez mais evidente em função do
tempo em que o conhecimento humano se duplica. A diminuição progressiva do
tempo de duplicação, que atualmente é de cerca de 20 anos, é uma das causas das
crises existenciais entre pais e filhos.
Logo, por
mais que os tempos sejam de mudanças, não poderemos deixar de passar aos nossos
descendentes, um legado moral e ético em que o respeito e a honestidade sejam marcos
fundamentais na construção de uma nova sociedade.
Nota: Este artigo foi escrito por Carlos Luppus com adaptações do livro: Quando me conheci, de Jorge Buckay.
A Tentação de ULISSES
Stephen Bertman em seu livro OS
OITO PILARES DA SABEDORIA GREGA, narra a história de que voltando para casa
depois do fim do combate, Ulisses naufragou na ilha da deusa Calipso. Lá, os
dois se apaixonaram. Tropical e luxuriante, a ilha era lugar remoto, um
verdadeiro paraíso onde ninguém mais vivia.
Calipso sabia que Ulisses, por ser mortal, algum dia iria morrer e que ela ficaria sozinha novamente. Por isso, a bela deusa lhe deu a chance de conquistar a vida eterna, oferecendo-lhe néctar e ambrosia, os alimentos dos deuses. Se aceitasse a oferenda, Ulisses estaria livre da morte e viveria para sempre, desfrutando os prazeres dos sentidos ao lado dela.
Semanas depois de sua proposta, no entanto, ela o encontrou chorando na
praia, o olhar perdido no horizonte, tentando avistar o lar de onde partira
fazia 20 anos. Não era exatamente por sua casa que chorava, nem por saudade da
mulher, nem pelo filho que deixara ainda criança e que se tornara adulto
durante os longos anos que Ulisses passara na guerra e no mar. Chorava por
saber que precisavam dele para corrigir os erros que tinha afetado o seu reino
nos anos em que estivera fora. Somente se voltasse poderia se tornar outra vez
marido, pai e rei, agindo como só ele poderia agir, ocupando o vazio que
deixara ao partir.
Ulisses recusou a oferta de Calipso de se tornar um deus e escapar da
morte, pois escolher viver ali
significaria desistir da vida. Naquela ilha paradisíaca, onde tudo seria
previsível e seguro, disponível e gratuito, uma coisa estaria faltando: um futuro no qual ele pudesse se atirar de
corpo e alma.
Os gregos acreditavam que, durante a vida, o objetivo dos homens é
terminar uma tarefa incompleta, e que é essa missão – mesmo que vagamente
percebida – que atribui o significado à nossa existência, qualquer que seja o
perigo.
Calipso ofereceu a Ulisses
tudo o que ele era, mas lhe negou tudo o que ele poderia vir a ser.
Naquela ilha exuberante porém deserta, um deus poderia viver, mas não um homem.
Não por acaso a deusa se chamava Calipso, nome que significa “aquela que esconde “, pois, se seu amado
decidisse ficar e viver com ela para sempre,
teria ficado escondido – dos outros mas também
de si mesmo, daquele que poderia vir a ser.
No fim, não foi em busca de seu lar que ele partiu,
carregado pelas ondas numa jangada, mas daquilo
que poderia ser tornar. Observando-o se afastar pouco a pouco, remando
lentamente, até Calipso entendeu a escolha que Ulisses fez.
Nota:
Este artigo foi escrito por Carlos
Luppus
com adaptações do livro: Os Oito Pilares da Sabedoria Grega, de Stephan
Bertman
O DISCÓBOLO
O DISCÓBOLO.
Míron, escultor do século V a.C., criou uma estátua representando um discóbolo perfeitamente equilibrado no instante exato que precede o lançamento do disco. Na estátua, a pose do atleta, com os braços e as costas arqueadas, encarna ao mesmo tempo a curvatura do disco e a trajetória de seu voo, prestes a ocorrer. Ao criar a sua obra-prima, Míron quis retratar não um discóbolo em especial, mas o arremessador ideal, uma personificação consumada da excelência física e da sua busca. Tal excelência, porém, não era automática. Para atingi-la, era indispensável ter autodisciplina e determinação. Portanto, só com treinamento e concentração o atleta poderia alcançar sua meta. Por esses meios, seu potencial seria liberado e se tornaria real para que todos vissem. Embora fosse irrelevante do ponto de vista militar, o arremesso de disco fazia parte do Jogos Olímpicos porque demonstrava , de uma forma mais pura do que qualquer atividade competitiva, o fascínio da alma grega pela perfeição.
Nota: Este texto foi escrito por Carlos Luppus.
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
SER OU TER? EIS A QUESTÃO.
By Carlos Luppus
Provavelmente, este dilema
acompanha o homem desde os primórdios da civilização humana. Este tema, ser
ou ter, é tão atual, que o estamos vivenciando neste momento no chamado
mundo globalizado.
No Brasil em especial, e no
mundo de uma forma geral, vivemos uma crise econômica sem precedentes em nossa
história recente. Esta crise de certa forma está relacionada ao modelo
econômico em que estamos inseridos, baseado no contínuo crescimento de produção
e consumo.
A palavra “crise”, em grego, significa
“decisão”, “julgamento”, o que nos remete à uma reflexão de que o
momento é de convergência de pensamentos, em que se busque de forma rápida, uma
saída para este impasse social e econômico ao qual estamos mergulhados. Se faz
necessário tomar uma decisão, mesmo que o remédio seja amargo, porém de fundamental
importância para se debelar a “doença”. A saída de forma permanente para esta
crise dependerá certamente da vontade política de nossos governantes, que devem
atuar na mudança das regras da gestão pública,
do mercado financeiro e dos hábitos de consumo da população.
Desde a Revolução Industrial,
principalmente dos anos 1960, desenvolvemos uma civilização que se fundamenta
no viés mercadológico, de que progresso
é possuir mais. Os profissionais de publicidade através de técnicas
cada vez mais sofisticadas de marketing, principalmente neuromarketing, nos mais
diversos meios de comunicação, tentam nos adestrar que a felicidade é uma
conquista de posse, de propriedade. É necessário que se adquiram novos produtos e se contratem novas formas de serviço. Comprar
novos bens: carros, apartamentos, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, roupas
de grife; participar de uma vida social intensa com bons restaurantes e bons
shoppings e fazer uso de serviços de turismo, como viagens em carros, aviões e
navios, traslados para hotéis e parques de diversões; demonstram de forma
inequívoca, que o modelo implantado pelo capitalismo ocidental é motivo de
cobiça por uma parte significativa da população que faz da posse, da acumulação
e da troca permanente de bens materiais, o sentido último da existência humana.
No entanto, percebe-se de forma clara e
inquestionável que este modelo de
consumo desenfreado engasgou. Não temos mais uma economia que possa gerar
riqueza de forma contínua, em que as pessoas estejam continuamente ocupadas em
postos de trabalho com salários compatíveis com os seus gastos pessoais e
familiares. Além disso, o planeta não é um reservatório indefinido de recursos
naturais a começar pela água e pelo solo.
Diante deste contexto, acredito
que esta crise possa ter um impacto positivo diante da consciência humana, que
é em última instância, a preservação da espécie como um todo.
Acredito que esta crise não é
somente econômica e social, mas também filosófica e espiritual. E aí eu
pergunto: o que faz o homem feliz? O que realmente pode trazer ao homem o
sentido da plenitude existencial? Segundo o filósofo Martin Heidegger, “a angústia é a
sensação do nada”. Este vazio existencial que acompanha a espécie
humana desde o aparecimento dos primeiros hominídeos,
é a mesma que o atormenta nos dias atuais. Durante a sua curta caminhada por
este planeta, o homem, embora detentor da mais alta tecnologia desenvolvida até
agora por uma espécie animal, não consegue responder algumas das indagações
mais emblemáticas de sua existência. De onde viemos? O que estamos fazendo aqui?
E para onde iremos?
As tradições religiosas tentaram
fornecer instrumentos que pudessem responder a essas perguntas fundamentais.
Não entanto, não prosperaram. Algumas porque se fecharam em posturas teológicas
e morais extremamente rígidas, nem sempre se comprometendo com modelos de
virtude e respeito que apregoavam,
outras por defenderem ideologias totalmente destoantes da fé em um Deus justo e
amoroso, pregando a violência e a morte como forma inquisitória medieval de
impor a sua verdade com única, suprema, divina.
Por mais que o homem estude e
desenvolva mais ciência e novas tecnologias, existem algumas indagações que o
acompanham de forma diuturna durante a sua existência.
O ser humano pode ser
feliz e viver em harmonia com os seus pares diante de uma sociedade
inteiramente construída em torno do ideal do “eu”?
Acredito que não. Ao observar os
ensinamentos atribuídos a Buda, Sócrates e Jesus, os mesmos consideram que a
verdadeira felicidade humana estará na razão direta do despojar do direito de
posse.
Para começar, entendo que o desejo
contumaz é algo pernicioso à existência humana. Normalmente, o homem
passa a sua existência focado na busca
de tudo aquilo que lhe possa trazer prazer, satisfação, sentimento de
pertencimento. Nesta busca, ele se preocupa apenas com a acumulação de bens
materiais, riqueza, poder e soberba sobre os personagens comuns da sociedade.
O desejo de posse é algo que
atinge o homem em regiões profundas do seu cérebro primitivo. Os primeiros hominídeos em suas cavernas
enfrentavam desafios gigantescos diante da sua impotência perante às forças
indomáveis da natureza. De forma concomitante, buscavam os meios necessários à
sua sobrevivência, como água e alimentos e, tentavam se proteger das condições
nefastas impostas pelos fatores climáticos da época. Em função desta realidade,
o homem começou a desenvolver a ideia de acumular... água, alimentos,
utensílios diversos, instrumentos de caça e de defesa e, de todas a formas de bens que pudessem lhe
garantir a sobrevivência por mais dias, já que naquela época era pouco provável
que o mesmo passasse da juventude.
A busca pela posse é, por natureza, insaciável, que pode despertar
frustração e violência. Este sentimento humano pode levar o indivíduo a desejar
o que não tem, mesmo que tenha que usar de meios arbitrários e violentos para
consegui-lo.
Defendo a tese de que a vida
humana deve ser contemplada em suas necessidades básicas, em que nós devemos
ter os nossos desejos mínimos saciados
como alimentar-se, vestir-se, ter um abrigo seguro para acomodarmos a nossa
família e um emprego digno e justo para vivermos decentemente com o salário
recebido. É importante ressaltar que esta vida simples que eu preconizo deve
ser acompanhada da presença viva e duradoura do Estado em que preze à
satisfação dos serviços básicos de saúde, educação, saneamento, segurança e,
politica econômica de preços e salários compatíveis com as faixas mais pobres
da população. O homem precisa abandonar de forma gradual e contínua, o
sentimento forte, dominante e ancestral aos seus tempos de caverna, em que a
ideia preponderante era de acumular bens.
Reitero a tese de que a
aproximação do homem ao seu meio natural (Homo naturae), respirando um ar mais limpo, usufruindo de um silêncio mais
qualitativo que possa lhe proporcionar condições melhores de sono e paz interior, tendo um contato mais
próximo com os agentes da natureza, como a flora e a fauna e usufruindo de uma
vida mais simples; acredito eu, que estes fatos poderão conscientizá-lo de que, talvez, a sua felicidade
esteja mais em “ser” do que de “ter”.
Ao usufruir de uma vida mais simples, o homem
poderá ter tempo para se conhecer melhor, conhecer aqueles que o cercam,
conhecer o meio ambiente em que está inserido, admirar de forma mais
contemplativa às inúmeras formas de vida que a todo o momento nos surpreende
com sua vitalidade e sagacidade diante de seus predadores naturais. Dessa
forma, penso eu, o homem poderá aprender a conviver melhor consigo mesmo,
poderá se autodescobrir, poderá fazer a viagem ao seu interior, poderá atingir
às suas entranhas existenciais, poderá domesticar os seus “diabinhos”, poderá
entender que a felicidade humana não é um momento, pelo contrário, é algo a se atingir,
é uma meta, ela está no horizonte.
Acredito que o filósofo grego Sócrates,
que viveu aproximadamente a 470 anos antes de Cristo, chegou a mesma conclusão elencada acima, ao proferir uma
frase que lhe é atribuída: “Conhece-te a ti mesmo” . Com o
amadurecimento deste pensamento, o homem será capaz de aprender a se conhecer
melhor, aprender a se controlar, aprender a respeitar o mundo que o cerca,
sobretudo, à sociedade ao qual faz parte. Deve descobrir como amar, como viver
em parceria com os outros, como administras as suas frustrações, as suas
angústias; como conquistar a serenidade, como superar os sofrimentos cotidianos
da vida; como também, preparar-se para o final da viagem humana com dignidade,
sabedoria e sensação de missão cumprida. Porque viver é um fato concreto e
inquestionável, saber viver é uma arte. Uma arte que devemos aprender com os
mestres da sabedoria, como por exemplo: Buda, Sócrates e Jesus, procurando nos
aperfeiçoar no sentido de sermos um ser humano cada vez melhor e digno da
criação de Deus.
Nota: Este artigo foi escrito por Carlos
Luppus com adaptações retiradas do livro Sócrates, Jesus e Buda, de
Frédéric Lenoir.
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sexta-feira, 9 de setembro de 2016
10 perguntas que você pode (ou não) fazer numa entrevista.
Entrevista de
emprego: ao fazer uma pergunta ao recrutador, é importante prestar atenção ao
"como", e não só ao "o quê"Claudia Gasparini, deEXAME.comSiga-m
e
São Paulo — Ao se preparar para uma entrevista de
emprego, é natural que você se preocupe bastante com as
respostas que dará ao avaliador. Mas isso não é suficiente: também é preciso
pensar nas perguntas que você fará a ele.
Especialistas em recrutamento são
unânimes na percepção de que um candidato se diferencia não só pelo que afirma,
mas também pelo que questiona ao longo de um processo seletivo.
“Ao mostrar curiosidade pela empresa e pela vaga,
você transmite interesse, maturidade e visão a longo prazo ”, diz Patrícia
Tourinho, gerente executiva da consultoria Michael Page. “É uma forma de dizer
para a empresa que você está realmente interessado em trabalhar lá”.
De acordo com Roberto Santos, sócio-diretor da
Ateliê RH, o objetivo de qualquer entrevista de emprego é abrir um canal de diálogo sincero entre
as duas partes. Por isso, o candidato pode e deve fazer perguntas
— até para medir seu grau de compatibilidade com a vaga.
Isso não dispensa uma boa dose de cautela na hora
de formular os seus questionamentos. De acordo com Tourinho, é muito importante
prestar atenção ao "quando" e ao “como” e não só ao “o quê”:
dependendo do momento ou do seu tom de voz, a sua pergunta pode cair mal.
“O candidato pode soar inquisitivo ou agressivo,
dependendo da forma como interpela o recrutador”, explica. “O ideal é avaliar
qual é a finalidade de cada questionamento, para saber se ele cabe ou não
naquele momento”.
Também é importante fazer uma leitura da
personalidade do entrevistador, completa Santos. Enquanto alguns são mais
abertos e descontraídos, outros preferem ter o controle da situação. Via de
regra, vale esperar que o avaliador tome a iniciativa de perguntar se você tem
alguma questão, ou aguardar até o fim da entrevista para tirar as suas dúvidas.
Veja a seguir alguns exemplos de questões
obrigatórias e desnecessárias numa entrevista de emprego, de acordo com os
especialistas consultados:
Perguntas
obrigatórias
1. Qual será a expectativa do gestor
em relação a mim?
Segundo Tourinho, é importante demonstrar interesse pela figura do seu futuro líder, buscando saber qual é o seu estilo e o que ele espera de sua equipe. A resposta a esses questionamentos será útil para avaliar se você realmente tem interesse em trabalhar para o gestor em questão.
Segundo Tourinho, é importante demonstrar interesse pela figura do seu futuro líder, buscando saber qual é o seu estilo e o que ele espera de sua equipe. A resposta a esses questionamentos será útil para avaliar se você realmente tem interesse em trabalhar para o gestor em questão.
2. Qual é a composição da equipe com
que eu trabalharei?
Pergunte quais são as formações acadêmicas, experiências anteriores, graus de senioridade e métodos de trabalho dos seus futuros colegas ou subordinados. Além de trazer insumos valiosos para se integrar ao time caso você seja admitido, isso demonstrará que você está preocupado em cultivar bons relacionamentos no seu futuro ambiente de trabalho.
Pergunte quais são as formações acadêmicas, experiências anteriores, graus de senioridade e métodos de trabalho dos seus futuros colegas ou subordinados. Além de trazer insumos valiosos para se integrar ao time caso você seja admitido, isso demonstrará que você está preocupado em cultivar bons relacionamentos no seu futuro ambiente de trabalho.
3. Quais são os desafios imediatos da
companhia? E do cargo?
O conselho de Santos é pesquisar bastante sobre a empresa antes de ir para a entrevista, e ir munido de perguntas mais avançadas e específicas sobre o negócio. “Demonstre interesse pelo momento atual da empresa, e depois busque saber como a vaga que você pleiteia se relaciona com os objetivos estratégicos do negócio”, diz ele. “Isso mostra que você tem um interesse de longo prazo naquela organização, que pensa em fazer carreira lá”.
O conselho de Santos é pesquisar bastante sobre a empresa antes de ir para a entrevista, e ir munido de perguntas mais avançadas e específicas sobre o negócio. “Demonstre interesse pelo momento atual da empresa, e depois busque saber como a vaga que você pleiteia se relaciona com os objetivos estratégicos do negócio”, diz ele. “Isso mostra que você tem um interesse de longo prazo naquela organização, que pensa em fazer carreira lá”.
4. Quais são os valores da empresa?
Esta pergunta é importante porque revela que você não está interessado em conseguir um emprego apenas para pagar suas contas, diz Tourinho. Demonstrar curiosidade sobre o clima, a cultura e os princípios da empresa significa que você está preocupado em se alinhar a eles. “Dependendo da resposta, você também pode descobrir que aquele empregador não tem nada a ver com você e que é melhor buscar outra vaga”, ressalta a gerente da Michael Page.
Esta pergunta é importante porque revela que você não está interessado em conseguir um emprego apenas para pagar suas contas, diz Tourinho. Demonstrar curiosidade sobre o clima, a cultura e os princípios da empresa significa que você está preocupado em se alinhar a eles. “Dependendo da resposta, você também pode descobrir que aquele empregador não tem nada a ver com você e que é melhor buscar outra vaga”, ressalta a gerente da Michael Page.
5. Como é o perfil de quem tem
sucesso na empresa? E de quem fracassa?
Complementares à questão anterior, estas perguntas são essenciais para avaliar a sua compatibilidade com o empregador. Os fatores que levam a promoções ou demissões, por exemplo, dizem muito sobre o que você pode esperar daquela empresa, afirma Santos. Além disso, a resposta dada pelo recrutador pode servir como um guia para a sua sobrevivência e crescimento na companhia, caso você seja contratado.
Complementares à questão anterior, estas perguntas são essenciais para avaliar a sua compatibilidade com o empregador. Os fatores que levam a promoções ou demissões, por exemplo, dizem muito sobre o que você pode esperar daquela empresa, afirma Santos. Além disso, a resposta dada pelo recrutador pode servir como um guia para a sua sobrevivência e crescimento na companhia, caso você seja contratado.
Perguntas
desnecessárias
1. Consegui o emprego?
Segundo Tourinho, este tipo de pergunta deve ser evitado porque transmite impaciência e insegurança. Ao final da conversa, basta agradecer a oportunidade e se retirar. Além de constrangedor, o pedido por um feedback imediato dificilmente poderá ser atendido, já que o recrutador muitas vezes ainda não chegou a um veredicto sobre a sua candidatura.
Segundo Tourinho, este tipo de pergunta deve ser evitado porque transmite impaciência e insegurança. Ao final da conversa, basta agradecer a oportunidade e se retirar. Além de constrangedor, o pedido por um feedback imediato dificilmente poderá ser atendido, já que o recrutador muitas vezes ainda não chegou a um veredicto sobre a sua candidatura.
2. Qual é o salário?
Não é proibido falar sobre remuneração em entrevistas de emprego, mas tudo tem o seu tempo. O ideal, de acordo com Santos, é deixar a negociação sobre valores para o final do processo seletivo. “Geralmente, é melhor esperar que o recrutador tome a iniciativa de falar sobre esse tema, ou então trazê-lo à tona de forma muito sutil”, explica. “Isso só não vale se você for uma ‘mosca branca’ no mercado e tiver todo o poder de barganha nas suas mãos”.
Não é proibido falar sobre remuneração em entrevistas de emprego, mas tudo tem o seu tempo. O ideal, de acordo com Santos, é deixar a negociação sobre valores para o final do processo seletivo. “Geralmente, é melhor esperar que o recrutador tome a iniciativa de falar sobre esse tema, ou então trazê-lo à tona de forma muito sutil”, explica. “Isso só não vale se você for uma ‘mosca branca’ no mercado e tiver todo o poder de barganha nas suas mãos”.
3. Vai haver promoção no fim do ano?
“É perfeitamente cabível perguntar se há um plano de crescimento definido na empresa, ou se uma vaga de gerente regional que hoje é para o Sudeste amanhã pode incluir outras regiões, por exemplo”, diz Tourinho. “Mas é preciso evitar um tom ansioso ou apressado demais”. Além de soar precipitado, você pode enviar o recado de que está interessado na vaga estritamente pelo salário ou pelo status que ela pode oferecer.
“É perfeitamente cabível perguntar se há um plano de crescimento definido na empresa, ou se uma vaga de gerente regional que hoje é para o Sudeste amanhã pode incluir outras regiões, por exemplo”, diz Tourinho. “Mas é preciso evitar um tom ansioso ou apressado demais”. Além de soar precipitado, você pode enviar o recado de que está interessado na vaga estritamente pelo salário ou pelo status que ela pode oferecer.
4. Quando poderei tirar férias?
Via de regra, também não cai bem mostrar que você está ansioso por descanso e lazer quando sequer começou a trabalhar na empresa. De acordo com a gerente da Michael Page, é melhor aguardar o momento certo de falar sobre férias, algo que normalmente acontece algum tempo depois da sua eventual admissão.
Via de regra, também não cai bem mostrar que você está ansioso por descanso e lazer quando sequer começou a trabalhar na empresa. De acordo com a gerente da Michael Page, é melhor aguardar o momento certo de falar sobre férias, algo que normalmente acontece algum tempo depois da sua eventual admissão.
5. O boato x sobre a empresa é
verdadeiro?
A entrevista de emprego não é o lugar adequado para fazer perguntas como: “Ouvi falar que a empresa será vendida para uma multinacional, é verdade?”. Segundo Santos, toda informação não confirmada sobre a companhia não passa de um boato — e não há veneno pior para a imagem de um candidato do que a aparência de fofoqueiro. “Faça apenas perguntas objetivas, sobre fatos concretos, ou você será muito malvisto”, recomenda.
A entrevista de emprego não é o lugar adequado para fazer perguntas como: “Ouvi falar que a empresa será vendida para uma multinacional, é verdade?”. Segundo Santos, toda informação não confirmada sobre a companhia não passa de um boato — e não há veneno pior para a imagem de um candidato do que a aparência de fofoqueiro. “Faça apenas perguntas objetivas, sobre fatos concretos, ou você será muito malvisto”, recomenda.
Comentário de Carlos Luppus:
·
O artigo escrito por Claudia
Gasparini da Exame. com é bastante oportuno para o momento que estamos
vivendo em nosso país com uma quantidade bastante substancial de pessoas em
busca de empregos. Como gestor do blog Portal do Marketing Pessoal e Gestão do
Conhecimento, considero ser de essencial importância que o aspirante à uma vaga
no respectivo mercado, preste muita atenção aos detalhes expostos no referido
artigo.
·
Boa Sorte a todos!
Marcadores:
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entrevistador de candidato,
formações acadêmicas,
recrutamento,
salário.,
vaga
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
O CÉREBRO DA MULHER PRIMITIVA E O MARKETING
O dia
amanhece. Na escuridão da caverna, a mulher consegue visualizar os primeiros
raios de sol acompanhados de movimentos ruidosos de animais que circundam a
área primitiva. A mulher acorda com o olhar abatido de uma noite mal dormida,
com tempestades, raios e trovões. Ela, as crianças e o seu companheiro não
conseguiram fechar os olhos. O perigo de morte era iminente ao grupo de hominídeos ali presentes, dentro da
caverna, totalmente indefesos diante de possíveis ataques proporcionados por
animais de grande porte, que poderiam penetrar na caverna buscando a proteção
diante de chuvas torrenciais e possíveis alagamentos intransponíveis.
Mesmo com
todas as dificuldades da noite, a mulher com uma criança ao colo, ainda
recém-nascida, faminta, se organiza de forma precária para caminhar em regiões
próximas à caverna em busca de comida. Ela apresenta o seu corpo esquálido, os
seus braços e pernas estão enfraquecidos pela fome e pela sede. A criança que amamenta ao colo, vem
retirando o pouco de água e nutrientes que consegue reter em seu sangue.
À medida que
caminha, outras mulheres, meninas adolescentes e crianças se aproximam. Juntas, elas buscam frutas
silvestres e tubérculos no solo. Enquanto algumas mulheres param de caminhar
para acolher e proteger as crianças que já estão dormindo em função do cansaço
da caminhada, outras seguem de forma corajosa com o objetivo de colher grãos,
raízes e, até roedores e pequenas cobras.
O grupo de
mulheres sempre permanece próxima uma das outras diante
do perigo de ataques de predadores. Buscam proteger as crianças, instintivamente
proteger a prole, a espécie. Sabem por
instinto de sobrevivência através do seu córtex
pré-frontal, que não devem enfrentar animais predadores de grande porte,
porque não teriam como vencê-los em função de sua fraca estrutura muscular e
habilidade no uso de instrumentos de caça.
O grupo de
mulheres e crianças passam o dia
buscando, armazenando e transportando alimentos; comunicam-se de forma intensa;
passam a desenvolver, ainda de forma primitiva, a empatia.
Na vida
primitiva, as mulheres desenvolviam essas atividades em busca da sobrevivência,
de forma contínua, já que os alimentos eram escassos, não estavam à disposição
em lugar próximo à caverna.
Com o
contato bastante próximo entre as mulheres e sua prole, elas desenvolveram de
forma gradual, a capacidade de melhor se comunicar com os seus pares, sobretudo
nos momentos mais difíceis em que se fazia necessário cuidar dos membros mais
velhos, doentes e até das crianças que ainda não conseguiam se expressar de forma compreensiva às suas mães.
Em geral, as
mães conseguem interpretar de forma correta se o bebê está chorando de fome,
raiva, medo, tédio ou sono. Durante o dia, enquanto ela cuida da sua cria mais
jovem, o hormônio ocitocina flui por
todo o seu corpo, trazendo-lhe a calma e a doçura característica do fato de ser
mãe.
As mulheres,
em especial as mães, têm uma grande capacidade de percepção do que o outro está
sentindo, principalmente se for filho. Em função do trabalho desenvolvido pelas
mulheres desde os primórdios da civilização humana, ou seja, o cuidado com a
prole, ficou evidente demonstrar que a
proximidade diária com os membros da família, fizeram com este grupo social
desenvolvesse um cérebro feminino
condicionado a pensar na coletividade.
A mulher reage de forma bastante positiva a outros grupos de mulheres, gosta de
participar de atividades em grupo, comunicando-se de forma rápida e natural
diante dos seus comuns.
Nesta época
primitiva, ao se aproximar a noite, os homens da tribo retornavam à caverna, trazendo alguns animais abatidos
que seriam distribuídos aos membros da família, fornecendo-lhes proteínas e
calorias necessárias à sobrevivência.
As mulheres
comemoravam a chegada de alimentos, era
motivo de alegria e sobrevivência, principalmente para os filhos menores. Os
homens responsáveis pelo abate dos animais, regozijavam-se pelo feito. As mulheres, principalmente as
mais jovens, avaliavam cuidadosamente
quais deles seriam os seus melhores parceiros sexuais e os melhores caçadores.
Enquanto o
pequeno grupo de hominídeos compartilha e comemora a refeição generosa do dia, ouvindo
os relatos heroicos de outras caçadas, a mulher senta ao lado do seu
companheiro, normalmente acompanhada de um bebê adormecido em seus braços.
A noite se
aprofunda, a temperatura cai no interior da caverna, o frio domina, as
comemorações terminam. Logo, um novo dia surge. A mulher já está de pé para
desenvolver uma nova rotina de trabalho com rapidez e eficácia.
Este modelo
de eficácia por parte da mulher na gestão familiar está relacionado à modelagem
do seu cérebro pela mãe-natureza. Com um número maior de conexões entre os
hemisférios direito e esquerdo do que o cérebro masculino, o cérebro feminino
consegue realizar tarefas simultâneas.
Em pesquisas
realizadas junto ao cérebro feminino, conclui-se que o corpo caloso que conecta os dois hemisférios cerebrais é mais
desenvolvido nas mulheres do que nos homens.
Evolutivamente, qual é a importância
que tem para o marketing o cérebro multitarefa da mulher?
Os
profissionais de marketing que desenvolvem mensagens publicitárias para atingir
o público feminino, devem prestar atenção ao fato de que as mulheres somente se concentrarão diante das informações que
poderão facilitar o seu trabalho, como também tudo aquilo que festejar a sua
individualidade, ressaltando sobretudo o seu jeito feminino de ser.
É importante
destacar que a vida agitada das mulheres que trabalham e tem dupla jornada de
trabalho em seus lares junto à sua família, apresentam o corpo inundado pelo cortisol (hormônio do estresse) que
acelera os seus batimentos cardíacos e
aumenta o seu nível de ansiedade.
Comparando a
evolução cerebral da mulher, verifica-se que o cérebro atual tem muito mais
ocupações cotidianas do que o seu predecessor. As ocupações profissionais são
múltiplas e as necessidades familiares são impregnadas de compromissos. Assim
sendo, os profissionais de marketing devem fazer com que a sua marca, produto
ou loja se transforme em um centro de netwoking
para os seus consumidores atuais e para outros que poderão vir. Ofereça às suas
consumidoras os links e as últimas
novidades do Twitter ou Facebook, aulas de culinária e outras atividades que
possam permitir maior conectividade com o mundo.
Para concluir, é importante que os profissionais de marketing saibam que o cérebro da mulher, mais
do que o do homem, é um gigantesco arquivo de argumentos — e isso é consenso
entre cientistas do mundo inteiro que pesquisam a chamada cognição, a capacidade do sistema nervoso de captar informações e
ligá-las entre si. Pois, em todos os testes de comunicação verbal, o sexo
feminino se sai muito melhor. As mulheres aprendem novas palavras mais depressa
do que os homens e, ainda, usam todos os recursos do vocabulário com mais
criatividade.
Nota: O artigo acima foi
escrito por Carlos Luppus com adaptações do livro: O Cérebro Consumista, do Dr. A.K. Pradeep.
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segunda-feira, 5 de setembro de 2016
COMO FAZER MARKETING PESSOAL SEM PARECER ARROGANTE?
Fazer um bom Marketing Pessoal é considerado uma
tarefa difícil por si só. Mas o desafio se torna maior ainda se você tem medo
de parecer vaidoso.
Segundo a coach Marie-Josette
Bauer, do Innovation Center Coaching, o brasileiro tende a ver com maus
olhos quem valoriza as suas próprias competências.
"Para fugir do rótulo de
‘convencido’, é comum que o profissional assuma uma postura excessivamente humilde,
como se sucesso fosse algo, feio,” afirma.
No entanto, é perfeitamente
possível fazer Marketing Pessoal sem criar uma aura de prepotência.
Para começar, é preciso
entender que a prática não tem nada a ver com exibicionismo, ensina o consultor
norte-americano William Arruda, autor do livro “Career Distinction: stand out
by building your brand” – (Editora Wiley, 2007)
Profissionais vistos como
arrogantes são, justamente, os menos habilidosos, quando o assunto é construir
uma imagem favorável no mercado, afirma Marie-Josette.
Afinal, construir uma boa reputação
profissional depende de autoconhecimento
e autenticidade – duas características que faltam a quem se enxerga (e se
vende) como bom em tudo.
É fundamental pensar em formas de
construir a sua reputação de forma equilibrada e elegante.
É necessário como primeiro
passo, fazer um exercício de reflexão para identificar os seus pontos fortes e
fracos. Os seus pontos fortes deverão
ser maximizados e os pontos fracos deverão ser minimizados, para que não
atrapalhem a sua trajetória profissional.
Em seguida, é preciso planejar
formas concretas de divulgar as suas competências. Para William Arruda, a
melhor forma de fazer isso é colocar o seu talento a serviço de outras pessoas,
objetivando resolver seus problemas.
“Mais do que falar de si mesmo,
o importante é dar evidências do que você é capaz de fazer,” afirma.
Outro instrumento poderoso é o
que o especialista norte-americano chama de “liderança de ideias” – a
capacidade de informar, esclarecer e influenciar outros profissionais da sua
rede de contatos.
Para todo, você pode escrever
artigos de blog, gravar vídeos ou até fazer comentários sobre notícias de forma
a mostrar seu conhecimento sobre determinado assunto, diz Arruda.
Assim sendo, é preciso tomar
cuidado para não exagerar na dose. Segundo Marie-Josette, muitos profissionais
se excedem na hora de apresentar os seus conhecimentos e talentos –
principalmente na internet.
“Muita gente, usa as redes sociais para engrandecer as suas
próprias qualidades e divulgar ‘propagandas enganosas’ sobre si mesmas. Isso
não é marketing pessoal, porque não é autêntico e nem sustentável”, diz ela.
Segundo Arruda, a reputação on
line de um profissional está se tornando mais importante do que a sua
reputação off line.
“As pessoas estão pesquisando o seu
nome no Google antes mesmo de conhecer você profissionalmente. Por isso, o
correto é construir uma imagem digital que seja positiva, mas também coerente
com a realidade”, finaliza o especialista William Arruda.
Nota:
O artigo acima foi escrito por Carlos Luppus com adaptação ao texto
escrito por Claudia Gasparini da Exame.com
domingo, 4 de setembro de 2016
Artigo: A IMPORTÂNCIA DO CÓRTEX
PRÉ-FRONTAL NO CÉREBRO DO HOMEM DAS CAVERNAS.
Pelo olhar através das lentes da
neurociência, conclui-se a compreensão de que o cérebro humano é um milagre da
evolução recente. Voltando a cem mil anos na dimensão do tempo, o homem
apresenta o cérebro com o córtex
pré-frontal mais desenvolvido, sendo uma versão preliminar do cérebro moderno de hoje.
Nesta época tão distante, a vida era rude, selvagem e de curta duração. Para sobreviver, os seres humanos de movimentos lentos e anatomicamente frágeis em sua dimensão corporal diante de predadores rápidos e agressivos com suas indefesas presas, criaram um mecanismo de sobrevivência que os tornaram lentamente aptos diante da implacável seleção natural. Com as mãos desenvolveram e aperfeiçoaram instrumentos de uso cotidiano e armas para caçar presas para a sua alimentação, como também se defender de outros caçadores com extrema habilidade e eficácia. Dentro deste processo evolutivo, a traqueia humana desce para a garganta, permitindo expressões vocais mais diferenciadas, facilitando a comunicação e a evolução social da época.
Com o desenvolvimento de novos
mecanismos evolutivos, os hominídeos ascendem na cadeia alimentar à medida que
o nosso cérebro aumenta de volume e o crânio se expande, tornando o homem o
maior predador da escala biológica presente no planeta. Com o crescimento
cerebral, o homem precisou desenvolver mecanismos fisiológicos para melhor
suprir este órgão com maior suplemento de oxigênio, glicose e sangue (energia)
em relação à versão do cérebro primitivo.
O cérebro é órgão do corpo
humano que mais utiliza a sua energia, cerca de 20%, representando apenas 3% do
peso corporal.
À medida que o cérebro humano se expandiu
durante o seu processo evolutivo, a evolução da espécie desenvolveu alguns
ajustes, como por exemplo: se o crânio continuasse a crescer no mesmo ritmo do
cérebro, a cintura pélvica das mulheres precisaria ser tão larga que elas não
conseguiriam mais correr. De forma compensatória, a mãe natureza, atuou no
sentido de melhor adaptar à espécie humana ao seu meio, permitindo que o
cérebro se dobrasse sobre si mesmo, criando dobras e sulcos para se conter
dentro do crânio; ao mesmo tempo, permitiu que os bebês nascessem quando a sua
cabeça é pequena o suficiente para passar pela pelve da mãe. Em contrapartida,
em função deste pequeno tamanho cerebral, as crianças passaram a nascer indefesas
e dependentes totalmente da mãe.
O cérebro humano à medida que
cresceu e se tornou mais complexo nos diferenciou de todos os outros animais
sobre a face da Terra, nos conferindo habilidades extraordinárias, como o
pensamento linear e a capacidade de desenvolver uma linguagem sofisticada e
interativa entre a espécie, de compreender os símbolos e metáforas, de produzir
e entender cálculos matemáticos e de permitir a nossa comunicação com alegria,
objetividade e sentido coletivo.
Como os seres humanos exercem as
suas funções laborativas em pequenos grupos sociais, a natureza privilegiou a
espécie com uma inteligência cada vez mais sofisticada até que o cérebro, há aproximadamente cem mil anos atrás atingiu
o tamanho e configuração anatômica atual. Muito bem adaptado às necessidades
sociais e ambientais da espécie, o cérebro
humano continua alerta aos predadores, sempre em busca de comida, calor,
proteção, abrigo e seleção de parceiros sexuais adequados para a formação da
prole e perpetuação da espécie.
Com o desenvolvimento do cérebro,
o córtex pré-frontal (a sua parte
mais desenvolvida) começou a reger a sinfonia da vida da espécie humana como a
habilidade na caça, o cultivo e armazenamento de alimentos, o desenvolvimento
de comportamentos adequados para viver
em sociedade e alternar tarefas.
Nota: Este texto foi escrito por Carlos
Luppus com adaptações do livro: Cérebro
Consumista, do Dr. A. K. Pradeep.
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Necessidade de pertencer
Todo o ser humano tem a necessidade de pertencer. Há um conceito antropológico chamado por Hilário Franco (autor do livro A Dança dos Deuses - Futebol, Sociedade e Cultura) de Espírito Clânico. É esse conceito que, por exemplo, está inserido na campanha da cervejaria Brahma, quando em seus comerciais utiliza o termo brahmeiro . No apelo da companhia de cerveja, tomar brahma é uma coisa, mas ser brahmeiro insere a pessoa em um coletivo proporcionando a possibilidade de pertencer ao grupo.
Desse modo, subjetivamente as pessoas começam a ser envolvidas porque, com essa nova perspectiva de "poder pertencer", consumir passou a suprir de certo modo, mesmo que temporariamente, as crises existenciais do ser humano.
Fonte: Livro : Consumismo é coisa da sua cabeça - Autora: Nanci Azevedo Cavaco.
Quem sou? Aonde vou? Com quem?
Washington Olivetto, publicitário brasileiro, reconhecido como um dos melhores do mundo, é autor de uma frase brilhante sobre o tema Marketing Pessoal:
Cada pessoa nasce para uma coisa na vida, mas poucas têm a sorte de descobrir qual é essa "coisa", e por isso são poucas as que são felizes e bem sucedidas em seu trabalho.
Poucos são os indivíduos que têm a oportunidade de descobrir qual é a sua real vocação profissional. Existe um volume grande de pessoas que acredita fielmente que a sua realização profissional depende apenas da "sorte" e do acaso. Consideram-se vítimas do destino ou de forças ocultas.
Nas palestras que faço sobre este padrão de pensamento, procuro enfatizar que quase tudo na vida pode ser planejado, com exceção do amor e da morte. O resto pode ser equacionado de tal forma que haja flexibilidade para mudanças, quando assim forem necessárias. Amyr Klink em um dos seus livros, enfatiza o seguinte pensamento: "A pior derrota é não partir".
Lembrando as palavras que são atribuídas ao pensador grego Sócrates: "Conhece-te a ti mesmo", tirada da máxima gravada no frontão do templo de Apolo, em Delfos, onde a pitonisa decreta que o filósofo era o mais sábio dos homens; nós, os humanos, somente conseguiremos avançar em nossos projetos de vida, sejam eles interpessoais, sejam eles profissionais, a partir do momento em que vencermos a três desafios:
O primeiro desafio é descobrir quem sou.
O encontro definitivo comigo mesmo.
O trabalho de aprender a não depender.
O segundo desafio é decidir aonde vou.
A busca de plenitude e de sentido.
Encontrar o propósito fundamental de nossa vida.
O terceiro é escolher com quem.
O encontro com o outro e a coragem de deixar para trás quem não está.
O processo de se abrir para o amor e encontrar os verdadeiros companheiros de jornada.
Fontes: Textos adaptados dos livros:
1 - Personal Branding - Arthur Bender;
2 - Quando me conheci - Jorge Bucay.
3 - Sócrates, Jesus e Buda - Frédéric Lenoir.
Cada pessoa nasce para uma coisa na vida, mas poucas têm a sorte de descobrir qual é essa "coisa", e por isso são poucas as que são felizes e bem sucedidas em seu trabalho.
Poucos são os indivíduos que têm a oportunidade de descobrir qual é a sua real vocação profissional. Existe um volume grande de pessoas que acredita fielmente que a sua realização profissional depende apenas da "sorte" e do acaso. Consideram-se vítimas do destino ou de forças ocultas.
Nas palestras que faço sobre este padrão de pensamento, procuro enfatizar que quase tudo na vida pode ser planejado, com exceção do amor e da morte. O resto pode ser equacionado de tal forma que haja flexibilidade para mudanças, quando assim forem necessárias. Amyr Klink em um dos seus livros, enfatiza o seguinte pensamento: "A pior derrota é não partir".
Lembrando as palavras que são atribuídas ao pensador grego Sócrates: "Conhece-te a ti mesmo", tirada da máxima gravada no frontão do templo de Apolo, em Delfos, onde a pitonisa decreta que o filósofo era o mais sábio dos homens; nós, os humanos, somente conseguiremos avançar em nossos projetos de vida, sejam eles interpessoais, sejam eles profissionais, a partir do momento em que vencermos a três desafios:
O primeiro desafio é descobrir quem sou.
O encontro definitivo comigo mesmo.
O trabalho de aprender a não depender.
O segundo desafio é decidir aonde vou.
A busca de plenitude e de sentido.
Encontrar o propósito fundamental de nossa vida.
O terceiro é escolher com quem.
O encontro com o outro e a coragem de deixar para trás quem não está.
O processo de se abrir para o amor e encontrar os verdadeiros companheiros de jornada.
Fontes: Textos adaptados dos livros:
1 - Personal Branding - Arthur Bender;
2 - Quando me conheci - Jorge Bucay.
3 - Sócrates, Jesus e Buda - Frédéric Lenoir.
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quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Validade da Cláusula de Corretagem em compromisso de compra e venda
Em decisão unânime, a Segunda Seção
do STJ reconheceu a validade de cláusula contratual que transfere ao comprador
a obrigação de pagar a corretagem na venda de imóveis.
Publicado por Monica Porto
Em decisão unânime, a Segunda Seção do STJ
reconheceu a validade de cláusula contratual que transfere ao comprador a
obrigação de pagar a corretagem na venda de imóveis.
O julgamento também decidiu sobre Taxa Sati e
prazo prescricional para ajuizamento das ações que versem sobre abusividade das
cobranças.
1) Comissão de
Corretagem: De acordo
com o Ministro Sanseverino, relator do julgamento, a prática, usualmente
adotada pelo mercado, não implica em venda casada e não traz prejuízos ao
consumidor, desde que a obrigação seja previamente informada ao comprador, de
modo que fique claro o valor do imóvel e o valor da comissão, tese, aliás, que
viemos defendendo (PORTO, Monteiro Mônica. Comissão de corretagem na compra e
venda de imóveis: responsabilidade do vendedor ou do comprador?. Coord. Renato
Vilela Faria e Leonardo Freitas de Moraes e Castro. Operações Imobiliárias:
Estruturação e tributação. Ed. Saraiva, 2016.)
2) Taxa de
Serviço de Assessoria Técnico Imobiliária (Sati):Como já era esperado, em relação à Taxa SATI,
cobrada pelas construtoras a título de remuneração dos advogados pela
elaboração dos contratos, o colegiado entendeu que a cobrança é abusiva,
confirmando posicionamento já adotado pela jurisprudência dos Tribunais.
3) Prescrição: O STJ decidiu também pelo prazo
prescricional de três anos para o ajuizamento de ações que questionem a
abusividade nas cobranças.
A decisão foi proferida em sede de julgamento
de recursos repetitivos (REsp 1.551.951 / REsp 1.599.511 / REsp 1.551.956 /
REsp 1.551.968).
De acordo com o novo CPC, isso significa
que todos os processos pendentes e futuros que versem sobre essas questões
deverão ser julgados de acordo as teses firmadas.
Mestre em Direito pela PUC-SP. Advogada. Sócia do escritório Monteiro Porto
Advogados.
Revolução Tecnológica
Quando lemos um livro, nosso cérebro constrói uma rede de caminhos e incorpora aquele conjunto de ideias e experiências. Comparemos essa compreensão profunda com as interrupções e distrações típicas da internet. Os textos, vídeos, imagens e mensagens que recebemos on line parece o inimigo da compreensão, mais completa, que vem do que Nicholas Carr chama de "leitura profunda", a qual exige que o leitor se concentre constantemente e mergulhe num assunto, em vez de ficar salteando entre os diversos temas apresentados.
Conforme a educação migra para formatos baseados na web, cresce o perigo de que a massa multimídia de distrações que chamamos de internet prejudique a aprendizagem, Lá atrás, nos anos 1950, o filósofo Martin Heidegger alertou contra uma crescente "maré de revolução tecnológica" que poderia "cativar, enfeitiçar, deslumbrar e divertir o homem de tal forna que o pensamento computacional pode algum dia se tornar... a única forma de pensar," Isso viria com a perda do "pensamento mediativo", uma forma de reflexão que ele via como a essência da nossa humanidade.
Fonte de Pesquisa: Livro:FOCO - Autor: Daniel Goleman
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
O tempo do conhecimento
Em seu livro A terceira onda, o escritor Alvin Toffler divide a evolução da humanidade em três grandes ondas: a agrícola, a industrial e a da informação, ou pós-industrial. A onda agrícola durou cerca de 6000 anos. Foi um período marcado pelo uso intenso da força humana para a realização do trabalho. Usava-se essa força para a própria subsistência e posteriormente para o enriquecimento dos outros. Nesta fase o principal elemento de riqueza era a terra. A onda industrial começou por volta de 1700 e se estendeu até 1950. Foi um período marcado pelas relações industriais, criação de processos de produção e sistemas de gerenciamento. O principal foco era produzir em menos tempo com menor custo, e o elemento predominante era o capital. A pós-industrial é a onda que valoriza o ser humano pelo conhecimento e competências, na qual a evolução da tecnologia permite a troca de informações rápida e sistematizada. O elemento principal passa a ser o capital humano - é a Era do Conhecimento.
Fonte de Pesquisa: A Tríade do Tempo, de Christian Barbosa
Fonte de Pesquisa: A Tríade do Tempo, de Christian Barbosa
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" Alvin Toffler,
"A terceira onda,
a agrícola,
a industrial e da informação,
capital humano,
Era do Conhecimento.,
ondas
Coaching
A filosofia do Coaching teve como base a herança das teorias de Sócrates, que tinha como propósito central a descoberta das respostas referentes à capacidade e ao potencial em si próprio. O método socrático era composto de perguntas, palavras que promovessem a reflexão de seus discípulos, sempre levando em consideração os conhecimentos prévios, que eram contestados e discutidos exaustivamente.
Sócrates utilizava duas estratégias. A primeira era a ironia, que buscava a parte mais humilde do pensador, em que ele se portava na figura do ouvinte. A partir de um dado momento, o pensador adotava uma postura de inserir uma série de perguntas, fazendo com que o discípulo caísse em contradição. Dai entrava a segunda estratégia, intitulada maiêutica. Em homenagem à sua mãe parteira, o momento do "parto" intelectual, da procura da verdade no interior do homem. Sócrates levava seus discípulos a conceberem uma nova ideia, uma nova opinião sobre o assunto . Por meio de questões simples, inseridas dentro de um contexto determinado, a maiêutica dá a luz a ideias complexas.
Fonte: Coaching Vocacional, de Maurício Sampaio.
Sócrates utilizava duas estratégias. A primeira era a ironia, que buscava a parte mais humilde do pensador, em que ele se portava na figura do ouvinte. A partir de um dado momento, o pensador adotava uma postura de inserir uma série de perguntas, fazendo com que o discípulo caísse em contradição. Dai entrava a segunda estratégia, intitulada maiêutica. Em homenagem à sua mãe parteira, o momento do "parto" intelectual, da procura da verdade no interior do homem. Sócrates levava seus discípulos a conceberem uma nova ideia, uma nova opinião sobre o assunto . Por meio de questões simples, inseridas dentro de um contexto determinado, a maiêutica dá a luz a ideias complexas.
Fonte: Coaching Vocacional, de Maurício Sampaio.
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